Mundo bipolar e a Guerra fria
Com o
fim da Segunda Guerra Mundial (1945), os principais países envolvidos no
conflito (França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Japão) se encontravam em
péssima situação socioeconômica. O cenário de destruição nessas nações era
enorme, a infraestrutura estava totalmente abalada, além da grande perda
populacional. Apenas Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas, apesar dos prejuízos gerados pela participação na Guerra,
conseguiram manter uma estabilidade financeira.
Após o conflito, a União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) anexou vários territórios,
aperfeiçoou o desenvolvimento de armas nucleares, ampliou sua área de
influência no leste europeu, além de possuir o maior exército do planeta.
Os Estados Unidos, por sua vez,
destinou créditos financeiros para a reestruturação dos países envolvidos na
Segunda Guerra Mundial, ampliou suas zonas de influência e cercou-se de
tecnologia para produção de armas nucleares.
Por esses aspectos em comum,
Estados Unidos e URSS passaram a serem consideradas superpotências mundiais.
Entretanto, havia um grande diferencial entre essas duas nações – o sistema
político: Estados Unidos (capitalista) e União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (socialista). Cada um exercendo sua influência na geopolítica
global.
Os EUA, através de
financiamentos e outras medidas políticas (até mesmo fornecimento de armas),
passaram a exercer grande influência sobre os países que optaram pelo sistema
econômico capitalista.
A URSS utilizou-se dos mesmos
critérios para expandir suas áreas de influência. Estabeleceu-se a geopolítica bipolar,
interferindo diretamente na política de vários países.
Conflitos armados foram impulsionados por
essa rivalidade entre as duas superpotências, entre eles estão: a Guerra da Coréia,
Guerra do Vietnã, Revolução Cubana, os conflitos no Oriente Médio, conflitos
entre grupos separatistas na África, além do apoio a golpes militares, como,
por exemplo, a ditadura militar no Brasil, o golpe ao presidente Salvador
Allende no Chile, e apoio a políticas ditatoriais em várias nações.
Porém, na década de 1980, a
URSS passou por uma grave crise econômica, sendo consequência da própria
política adotada. A falta de criatividade e agilidade para modificá-la, a
estagnação do setor industrial, queda de produtividade de bens de consumo
(alimentos, roupas, etc.), além dos altos gastos com armamentos, levou a uma
defasagem em relação aos avanços alcançados pelos países capitalistas
desenvolvidos.
O agravamento da crise do
sistema socialista ocasionou um processo de enfraquecimento da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culminou em 1991, na desintegração
desta. Esse fato estabeleceu o fim da Guerra Fria, e, consequentemente, da
ordem mundial bipolar.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola
Guerra Fria é
a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e
conflitos indiretos entre os Estados Unidos e
a União
Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre
as duas nações e suas zonas de influência sem a pretensão de um confronto direto, o que seria desastroso para ambas as partes.
Com o final da Gerra Fria(1991), inicia-se um novo período geopolítico a Nova Ordem Mundial ou a Multipolaridade.
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