segunda-feira, 28 de abril de 2014

Charles William Miller

24/11/1874, São Paulo (SP)
30/06/1953, São Paulo (SP)

         Charles Miller foi jogador, árbitro, dirigente e é considerado o pai do futebol no Brasil.     Apaixonado por esportes, também foi o fundador da Associação Paulista de Tênis.
       Nascido no bairro paulistano do Brás, filho de um escocês e uma brasileira de origem inglesa, Charles Miller viajou para Hampshire, na Inglaterra, aos nove anos de idade para estudar. Lá aprendeu a jogar futebol, rugby e críquete.
     Aos 17 anos, Charles já se destacava no futebol, o que lhe deu a chance de disputar 34 partidas pela Banister School, marcando 51 gols. Pelo St. Mary ele jogou 13 partidas e fez três gols. Pelo Condado de Hampshire também emplacou três gols, só que em seis partidas. Isso, além de enfrentar por duas vezes o famoso time inglês Corinthian (sem o "s"), que serviria de inspiração aos paulistas em 1910.
     Charles Miller retornou ao Brasil em 1894 para trabalhar na São Paulo Railway Company (companhia inglesa de ferrovias), tornando-se também correspondente da Coroa Britânica e vice-cônsul inglês em 1904.
      Na época do seu retorno, havia apenas um clube na cidade, o São Paulo Athletic, fundado em maio de 1888 pela colônia britânica, que oferecia a prática do críquete. Como havia trazido duas bolas da Inglaterra, uniformes e um conjunto de regras, Miller tentou difundir o futebol. O primeiro jogo foi realizado em 15 de abril de 1895 entre Funcionários da Companhia de Gás X Companhia Ferroviária São Paulo Railway.
      Como artilheiro do São Paulo Athletic Club (SPAC), Charles Miller ganhou os três primeiros campeonatos em 1902, 1903 e 1904. Foi também o criador do drible ou passe com o calcanhar, jogada que viria a ser conhecida com o nome de "Charles", em sua homenagem.
     Miller foi fundamental na montagem da Liga Paulista de Futebol, a primeira do Brasil. Foi ele que sugeriu o nome do primeiro presidente do Sport Club Corinthians Paulista.


Charles Miller 
Charles Miller: "pai do futebol" brasileiro
Nome Completo 
Charles William Miller

Quem foi
Charles Miller foi um funcionário da São Paulo Railway Company, vice-cônsul inglês no Brasil e o introdutor do futebol no Brasil.

Nascimento
Charles Miller nasceu na cidade de São Paulo (Brasil) em 24 de novembro de 1874..

Morte
Charles Miller morreu na cidade de São Paulo (Brasil) em 30 de junho de 1953.

Biografia (resumo):
- Filho de pai escocês e mãe brasileira de ascendência inglesa.
- Com dez anos de idade foi estudar na Inglaterra onde conheceu e se encantou pelo futebol.
- Retornou ao Brasil em 1894 para trabalhar na São Paulo Railway (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí). Trouxe na bagagem duas bolas de futebol, um livro de regras, uniforme e um par de chuteiras. Começou a partir de então a difundir o futebol entre os trabalhadores da estrada de ferro.
- Foi correspondente da Coroa Britânica na Inglaterra.
- Atuou também como vice-cônsul da Inglaterra no Brasil.

Principais realizações
- Trouxe da Inglaterra o futebol para o Brasil.
- Colaborou, de forma importante, na criação da Liga Paulista de Futebol.
- Participou da organização do São Paulo Athletic Club. Jogou neste time até 1910, tornando-se tri-campeão (1902, 1903 e 1904).
- Após encerrar a carreira, foi árbitro de futebol.

Curiosidade
- A praça em frente ao Estádio do Pacaembú, em São Paulo, chama-se Praça Charles Miller em homenagem ao "pai do futebol brasileiro".


quarta-feira, 2 de abril de 2014


O Pacto Colonial e a Colonização do Brasil
                                                                                                             Edilaine Cristina do Prado

A descoberta de terras brasileiras em 1500 foi fruto das grandes expedições desempenhado pelos países ibéricos, que ocorreram ao longo do século XV; elas buscavam encontrar rotas alternativas para se chegar as grandes riquezas asiáticas.
Nesta época os estados ibéricos foram os grandes pioneiros desse tipo de expedição, pois tinham grande conhecimento náutico, ricos comerciantes interessados na causa e um Estado organizado, que apoiou as expedições. A eficiência destas expedições seria comprovada com o descobrimento da América Central em 1492 pelos espanhóis e do Brasil em 1500, pelos portugueses.
A ocupação do Brasil, entre 1500 e 1534, foi apenas comercial. Foram estabelecidas feitorias com o intuito de garantir a propriedade da coroa portuguesa sobre as terras brasileiras. Nesta época, a metrópole comercializava do Brasil, apenas produtos de pouco valor, como animais silvestres (macacos, pássaros, etc.) e madeiras (entre outras, pau-brasil). As feitorias não asseguravam para a coroa portuguesa, riqueza imediata, porém, significavam um tipo de "carta na manga" estrategicamente importantíssima, do ponto de vista geográfico, político e econômico.
A localização geográfica do Brasil poderia levar aos portugueses a descobrir uma rota alternativa para se chegar a Ásia, pois desconheciam o tamanho real do Brasil, e pensavam que ao desbravarem as matas brasileiras poderiam chegar ao oceano pacifico. A ocupação do Brasil tinha também caráter político, representava para coroa portuguesa um poder de barganha frente às outras potências europeias, por ser detentora de um  vasto território. E caráter econômico, pois acreditavam adentrando mais as florestas, poderiam encontrar metais preciosos, como os espanhóis havia conseguido nas suas possessões nos atuais México, Peru e Bolívia.
Nas nações europeias reinavam a ideia mercantilista que defendiam que a riqueza de um país era obtida através do superávit da balança comercial, ou seja, exportando mais do que importando e formando barreiras a importação (política protecionista). Pois assim poderia acumular cada vez mais metais preciosos, que seriam frutos do pagamento de outras nações. Só exportar muito, não era o bastante; teria de exportar produtos com valor alto, assim não correndo o risco de exportar menos do que importar e mesmo assim receber menos do que o valor importado.
ideia mercantilista se espalhou pela Europa, ficando cada vez mais difícil uma nação européia obter superávit em relações comerciais com outras nações europeias. As metrópoles precisaram buscar novas alternativas de mercado, em que as colônias vieram a solucionar grandes dos problemas comerciais metropolitanos: primeiro a falta de mercado para se exportar; e segundo a obtenção de insumos baratos para beneficiamento nas manufaturas metropolitanas.
Portugal decide colonizar o Brasil segundo a filosofia mercantilista. Estabelece então para o Brasil, o chamado Pacto Colonial; este pacto fazia o Brasil colônia, refém e extremamente dependente da coroa portuguesa. Através do Pacto Colonial era imposto que a colônia só poderia  exportar para Portugal ou para os mercadores que convinham a Portugal; por conseqüência desse exclusivismo os mercadores conseguiam barganhar preços muito vantajosos. A metrópole também tinha reserva sobre o mercado brasileiro. A colônia Brasileira só poderia importar de Portugal ou se não de outra nação que a metrópole permitisse. Esse regime de comercio é chamado de exclusivismo metropolitano, considerado a grande razão da transferência de riquezas do Brasil colonial para metrópole Portugal.
O exclusivismo metropolitano fazia com que muitos produtos produzidos nas colônias fossem exportados para Europa, onde eram transformados pelas manufaturas em produtos acabados, e da Europa eram exportados para o Brasil com preço agregado, preço superior aos preços pagos pelo produto na Europa.
O preço dos produtos coloniais era constituído pelo fundo de depreciação, ou seja, reserva que a colônia deveria ter para manter a capacidade de produção, mais fundo de manutenção, que consistia na reserva que a colônia deveria ter para reparar perdas referentes principalmente a mão-de- obra, garantir o que o trabalhador precisava para continuar trabalhando mesmo escravos, e, finalmente, o excedente econômico. O fundo de depreciação mais o fundo de manutenção formavam o mínimo que a colônia precisa receber para continuar produzindo constantemente. Então, a parte negociável da produção colonial era o excedente econômico.
Apesar de os mercadores portugueses terem poder de monopólio para impor preço que desejariam pagar, não o faziam, pois, assim estariam desestimulando os colonos que também eram portugueses, a continuar a produzir no Brasil, pois haviam saído de Portugal com esperança de se tornarem ricos como senhores de engenho. Eles deixavam para os colonos uma parte do excedente econômico que era dividida: parte para reinvestir na produção colonial e outra parte para sustentar o luxo dos colonos portugueses. O preço pago pelos mercadores não poderia ser menor que a soma dos custos de depreciação e manutenção dos trabalhadores, porém o preço pago pelos mercadores era menor que o preço de produção da mercadoria colonial.
Segundo Celso Furtado, com a forte demanda externa a produção das colônias brasileiras foi bastante estimulada, a cada dois anos, o Brasil colonial tinha potencial produtivo para crescer dez vezes, porém nesta fase cresceu efetivamente, duas vezes, o motivo disto foi o exclusivismo metropolitano que transferiu para Portugal grande parte do excedente econômico produzido no Brasil impossibilitando que as colônias brasileiras pudessem investir mais na produção.
A produção das colônias brasileiras foi fundamentada na utilização de mão-de-obra escrava, pois a coroa portuguesa tinha objetivo de enriquecer muito com a colonização do Brasil e a mão-de-obra assalariada seria inviável a este objetivo, uma vez que para convencer trabalhadores europeus a vir trabalhar no Brasil, longe de toda civilização organizada e perto de muitos perigos oferecidos por matas fechadas, os salários oferecidos seriam onerosos. Então seguindo o fato de que Portugal, com Vasco da Gama, havia realizado circunavegações pelo périplo africano, em 1450 - 1458, onde havia estabelecido feitorias e tinha domínio sobre algumas regiões africanas, de onde conseguiu abundante mão-de-obra escrava com preços muito baixos pois não necessitava de intermediadores.

O tráfico internacional de escravos era um dos seguimentos mais lucrativos do comércio colonial. Durante o pacto colonial não ocorreram muitas inovações tecnológicas por razão de que toda inovação tecnológica faz do instrumento de trabalho mais vulneráveis e caros podendo ser o alvo das agressões dos escravos.


Imperialismo e Neocolonialismo
História do Imperialismo no século XIX, imperialismo na África e Ásia, o neocolonialismo norte-americano,  industrialização no século XIX, Tratado de Nanquim, descolonização no século XX. História do Imperialismo e Neocolonialismo 

Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, FrançaAlemanhaBélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes. 
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo. 
Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si o território africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.   
Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim. Neste encontro, os países europeus imperalistas organizaram e estabeleceram regras para a exploração da África. Na divisão territorial que fizeram a cultura e as diferenças étnicas dos povos africanos não foram respeitadas.
Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos. 
Outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China. 
Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdou dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.


Divisão Internacional do Trabalho (DIT)

Para compreender melhor o conceito da DIT devemos voltar ao passado colonial, período que preparou toda uma estrutura na configuração das funções, desde as questões sociais passando pelas econômicas e industriais (mesmo que de forma rudimentar).
Na época da colonização, toda a exploração realizada no período colonial serviu para o enriquecimento dos países europeus, enquanto as colônias perderam suas riquezas naturais. O período colonial estabeleceu uma relação desigual das trocas comerciais entre as metrópoles e suas colônias.
As metrópoles forneciam produtos manufaturados às suas colônias e demais regiões do mundo não sendo necessariamente sua colônia. Os produtos geralmente eram tecidos, ferramentas ou louças, enquanto as colônias forneciam matérias-primas como o ouro, prata, açúcar, especiarias e muita madeira.
Essa divisão da produção ou das trocas comerciais em escala planetária é conhecida como Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Com a DIT, as metrópoles enriqueceram consideravelmente e as colônias tiveram que organizar suas produções de acordo com os interesses internacionais da época. Esse fator não possibilitou que as colônias desenvolvessem suas economias interna de forma a ter características de um sistema rico e articulado.
Essa situação acima explica, de maneira geral e com raríssimas exceções, porque a grande maioria dos países subdesenvolvidos de hoje foram, no passado, colônias de exploração das metrópoles européias.
Embora a DIT tenham de modificado ao longo dos séculos, os países subdesenvolvidos ainda continuam dependentes dos recursos financeiros e tecnológicos.
Podemos dizer que a DIT representa a especialização produtiva de cada país na economia e no comércio mundial, ou seja, o que cada país produz e comercializa pelo mundo.
A questão do desenvolvimento e subdesenvolvimento são produtos da história de dominação e exploração de alguns países sobre outros povos.
Até meados do século passado a produção industrial estava concentrada nos seguintes países:

ü  Estados Unidos
ü  Canadá
ü  Rússia
ü  Inglaterra
ü  França
ü  Itália
ü  Holanda
ü  Bélgica

Já os países menos industrializados e de economia primária forneciam matérias-primas agrícolas e minerais às suas metrópoles.
Com o passar dos anos as multinacionais se expandiram pelo mundo e se instalaram em alguns países que abriram suas portas ao capital externo. Esse fato aconteceu com maior frequência a partir da segunda metade do século XX. Configurou-se um novo grupo de países industrializados, dentre os quais podemos destacar:
ü  Argentina
ü  Brasil
ü  México
ü  África do Sul
ü  Índia


Tipo de colonização que ocorreu no Brasil.
Colonização de exploração, a organização da produção, da economia ou do sistema produtivo foi realizada com base no abastecimento do mercado externo. A introdução da grande propriedade agrícola - o latifúndio; sistema de plantation - da monocultura ocorreram com objetivo de abastecer o mercado europeu de produtos tropicais e de matérias primas, mão de obra escrava.
"Espaços extrovertidos" quando nos referimos à produção e à organização do espaço geográfico durante o período colonial brasileiro. Refere-se aos espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. No período colonial brasileiro, os exemplos mais importantes são: o espaço da agroindústria da cana-de-açúcar (XVI e XVII); o espaço da mineração (XVIII),e o espaço do café (XIX e XX)
 "Arquipélago econômico" para explicar a economia e a configuração geoeconômica do território brasileiro no início do século XX.
O uso da expressão "arquipélago  econômico "busca indicar a falta de integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços relativamente autônomos de produção e consumo, guardando relação mais estreitas com os mercados externos do que entre si.

Cite exemplos de características atuais do território brasileiro cuja origem remonta ao passado colonial do país.
 --->Povoamento do litoral;
--->Concentração fundiária e monopolização do acesso a terra;
--->Predominância da produção de gêneros agrícolas destinados a exportação,
--->Diversidade cultural;

--->Poder político das elites locais etc.

terça-feira, 1 de abril de 2014

DITADURA MILITAR EM QUADRINHOS

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