quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
O CONTINENTE AFRICANO

Continente africano: onde ele se localiza, quais são suas regiões, influências culturais.
Características (biomas, climas, principais bacias hidrográficas, entre outros).
Biomas  são grandes áreas ou ecorregiões geográficas, de até mais de um milhão de quilômetros quadrados (uma dimensão que equivale a pouco menos que o estado do Pará ou a África do Sul), com condições ambientais específicas, onde ocorre interação entre os fatores no conjunto natural (relevo, clima, vegetação, fauna, hidrografia e solo).

Aluno consultar o atlas.
A  África é o único continente a possuir terras nos quatro hemisférios. Ela é cortada pelo Equador, apresentando territórios nos Hemisférios Norte e Sul, assim como pelo Meridiano de Greenwich, possuindo terras nos Hemisférios Ocidental e Oriental.
(zona térmica) A maior parte do continente africano encontra-se na Zona Tropical, pois está ao sul do Trópico de Câncer e ao norte do Trópico de Capricórnio. O extremo norte situa-se na Zona Temperada Norte, e o extremo sul, na Zona Temperada Sul.
 Fronteira entre: África e Ásia, e África e Europa.
A fronteira entre a África e a Ásia costuma ser fixada no Istmo de Suez, o que faz da Península do Sinai território asiático, que, no entanto, pertence a um país do continente africano, o Egito. O Mar Vermelho é a fronteira marítima entre os dois continentes. Já o Mar Mediterrâneo é a principal fronteira entre a África e a Europa, sendo que o estreito de Gibraltar estabelece a menor proximidade entre esses dois continentes.

 
 Países que fazem fronteira entre a África e a Ásia. A que país pertence a região de fronteira terrestre? Qual a importância socioeconômica e geoestratégica dessa área para o país em questão?
A Península do Sinai, pertencente ao Egito, faz fronteira terrestre com Israel. O Sinai, considerado  território asiático, é área de grande importância econômica (jazidas de petróleo) para o Egito, que, finalmente, obteve a sua devolução em 1979, após a assinatura de um acordo de paz com Israel. Importantes cidades egípcias localizam-se na região do Sinai, como Ismaília, Suez e Port Said, e, para alguns geógrafos, a fronteira israelo-egípcia deveria ser considerada como o limite entre a Ásia e a África. O Canal de Suez, tornou- se de grande importância geoestratégica ao permitir o encurtamento do trajeto marítimo entre a Ásia e a Europa.

1. Com base nos mapas África: zonas climáticas
(Figura 3) e África: biomas (Figura 4) relacionem a sequência de biomas africanos às principais zonas climáticas apresentadas na listagem a seguir.
   
Biomas
(6) Savana Úmida
(3) Floresta Tropical
(2) Campos Temperados
(7) Montanha
(1) Mediterrâneo
(5) Deserto
(4) Semidesértico
(2) Savana Seca

 
Zonas climáticas
1. Mediterrânea
2. Tropical com Estação Seca
3. Equatorial
4. Saheliana
5. Desértica
6. Tropical Úmida
7. Altas altitudes


A relação existente entre a distribuição dos biomas e dos tipos climáticos na África: Na faixa equatorial, é vegetação da floresta equatorial (pluvial e tropical) em virtude das chuvas intensas e das elevadas temperaturas. Na região dos trópicos, o tipo climático é caracterizado por uma variação sazonal de chuvas no verão e seca no inverno, o que está relacionado à existência das savanas. Nos trópicos situados ao norte e ao sul do continente, ocorrem áreas extremamente secas, com destaque para os Desertos do Saara (ao norte) e do Kalahari (ao sul), onde, em algumas áreas muito localizadas e pontuais, verifica-se a presença da vegetação de oásis, resultante do afloramento do lençol freático. A vegetação do tipo estepe faz parte das formações de regiões semiáridas, nas margens dos desertos, sendo composta de herbáceas ressecadas e arbustos muito esparsos.  A extensa faixa semiárida na borda do Deserto do Saara é conhecida como Sahel. O tipo climático mediterrâneo ocorre nas extremidades norte e sul do continente africano, onde aparece vegetação do tipo maquis e garrigues, caracterizada por pequenos arbustos que se misturam às formações xerófitas, às oliveiras, às videiras e às gramíneas ressecadas. A  economia dos países mediterrâneos; ao norte do continente africano destaca-se a produção de óleo de oliva na Tunísia e na Argélia e, ao sul, destaca-se a produção vinícola.

Rios que atravessam áreas de clima tropical e equatorial na África.
Ø  Rio Nilo: nasce no Lago Vitória (localizado entre Uganda, Tanzânia e Quênia), desloca-se para o norte e atravessa áreas tropicais e desérticas até sua foz, no Mar Mediterrâneo, nas proximidades de Alexandria, no extremo norte do Egito.
Ø  Rio Zambeze: nasce em Zâmbia e faz fronteira entre Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, desaguando no litoral de Moçambique, no Oceano Índico.
Ø   Rio Congo: o segundo maior em volume d’água no mundo, atravessa a floresta equatorial africana e deságua no Oceano Atlântico.

Outros aspectos relacionados à hidrografia africana:
Ø  A existência dos rios, dos desertos, da vegetação e a proximidade com o Mar Mediterrâneo são fatores fundamentais para compreender a distribuição da população pelo continente como também das atividades econômicas e da organização social da população;
Ø  Nas áreas mais elevadas do continente ocorre o clima frio de montanha;
Ø  O Rio Nilo destaca-se por atravessar áreas desérticas em grande parte de seu curso.
Ø  O Rio Nilo, em contraste com o Saara, torna os solos agricultáveis em suas margens, além de fornecer água para irrigação das áreas adjacentes ao vale do rio.  Nas margens desse rio, ocorrem muitas das principais aglomerações humanas como Cairo e Alexandria, no Egito; e Cartum e Omdurman, no Sudão, costa oriental da África.

A regionalização da África
O Saara separa o extremo norte africano do resto do continente e, historicamente, funcionou como uma barreira que, embora transposta por fluxos comerciais intensos, influenciou profundamente a configuração das culturas e civilizações na África. O Rio Nilo foi o primeiro e principal eixo comercial através do deserto, permitindo a aproximação entre os povos que habitavam as porções norte e sul do Saara. Na atualidade, os organismos internacionais consolidaram a regionalização em África do Norte e África Subsaariana.
O Saara, maior deserto quente do mundo, estende-se na porção norte da África e é considerado um marco divisório, ao separar o Norte da África, composto de países em que predominam povos árabes e semitas da porção Centro-Sul do continente denominada África Subsaariana, na qual a diversidade de etnias é grande.  O Saara é considerado o maior deserto contínuo do mundo localiza-se ao norte do continente africano e se estende do Oceano Atlântico até o Mar Vermelho, abrangendo vários países. Em virtude de suas grandes extensões arenosa e baixíssima umidade, apresenta fraca densidade demográfica e possibilita poucas atividades econômicas, a maior parte das quais praticadas por povos nômades.

 A Zona Saheliana é definida como a zona semiárida e atravessa países que se localizam na borda meridional e oriental do deserto do Saara: Senegal, Mauritânia, Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Sudão, Eritreia, Etiópia, Somália e Quênia. O nome Sahel deriva de uma palavra árabe que significa borda, e é usado para identificar essa região situada na “borda” do Deserto do Saara.

                                                     Magreb e Grande Magreb
O significado da expressão Magreb, salientando que, em árabe, a palavra designa “onde o Sol se põe”, pois, localizada a oeste, encontra-se em oposição ao “machrek”, que significa “o nascente”, porção representada pela Península Arábica.  Magreb corresponde à porção ocidental do norte da África, onde se localizam o Marrocos, a Argélia e a Tunísia, países que foram integrados ao império colonial francês no século XIX. O Grande Magreb, região que se estende da Mauritânia à Líbia União do Magreb Árabe- A UMA está localizada na porção setentrional do continente africano e é composta por Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos e Mauritânia e também pelo Saara Ocidental.
Os blocos econômicos localizados ao sul do Saara e os países que os compõem. percebe-se que foram formados diversos blocos econômicos. Dentre eles podemos citar: UEMOA (União Econômica e Monetária do Oeste Africano), composto por Mali, Níger, Burkina Faso, Costa do Marfim, Senegal, Benin, Togo e Guiné- -Bissau; SACU (União Aduaneira da África Austral), formado por África do Sul, Botsuana, Namíbia, Lesoto e Suazilândia; EAC (Comunidade da África Oriental), formado por Ruanda, Burundi, Tanzânia, Uganda e Quênia.

                                        O Saara e o Vale do Nilo
 É interessante informar, considerando o meio físico e sua ocupação pelo ser humano, que a África do Norte ou Setentrional possui, além do Grande Magreb, outras duas áreas mais ou menos distintas: o Vale do Rio Nilo e o Saara. Em relação ao Vale do Nilo, o rio Nilo ser o único a atravessar o Deserto do Saara no sentido sul-norte.  O Nilo pode ser comparado ao Rio São Francisco, no Brasil.
Comparando a hidrografia brasileira à africana, o rio africano possui características similares às do Rio São Francisco, no Brasil. Com semelhanças e diferenças entre eles. Ambos têm traçado sul-norte; o Nilo nasce em área tropical úmida e corre para o deserto, enquanto o São Francisco também tem sua nascente em área tropical e corre para a região do sertão nordestino. São utilizados para transporte, irrigação e geração de energia. Uma das diferenças entre eles encontra-se no tipo de foz, pois, enquanto o Nilo, nas proximidades de Alexandria, tem a sua foz em forma de delta, o São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas, tem a sua foz em forma de estuário.

                                                        África Subsaariana
 Em seu conjunto, a África Subsaariana integra-se à economia global principalmente como fornecedora de produtos primários, agrícolas e minerais. Ainda que mais da metade de sua população economicamente ativa esteja ocupada no setor primário da economia, a produção de alimentos é insuficiente, a segurança alimentar está longe de ser garantida. As regiões com domínio de clima tropical úmido, especialmente as costeiras, vêm sendo há séculos utilizadas pela agricultura de exportação. Os países situados na Costa da Guiné, por exemplo, produzem cerca de 70% do cacau que abastece o mercado global. A produção industrial da região, por seu turno, está fortemente concentrada na África do Sul. É importante destacar que a região designada como África Subsaariana está longe de ser um todo homogêneo. De maneira geral, sobretudo nos documentos apresentados pelos organismos internacionais, como a ONU, o continente africano é dividido em duas grandes regiões: África Saariana, ou Norte da África, e África Subsaariana. Esta região é bastante complexa, do ponto de vista da cultura, dos fatores sociais e econômicos de desenvolvimento, entre outros. Veja, por exemplo, que a Nigéria figura entre os principais países fornecedores ao Brasil, a África do Sul integra o grupo de cooperação BRICS; parte do território africano dispõe de redes de infraestrutura, ou seja, está inserido no contexto de desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional, ainda que a maior parte dessas infraestrutura esteja concentrada nos países exportadores de produtos minerais ou agrícolas. Territórios africanos considerados “úteis”. Os territórios são produtores de petróleo e gás;  produção mineral,  e pratica-se  a exploração florestal.
Considerando as características físicas da África, e  a importância histórica e atual do Rio Nilo para a população africana,o Rio Nilo atravessar mais de 2 mil quilômetros de deserto, propiciando áreas mais úmidas e férteis, fornecendo água e solos agricultáveis em suas margens. Isso explica a presença de muitas aglomerações humanas, como ocorre no Cairo e em Alexandria (Egito) e em Cartum e Omdurman (Sudão). Outro fato importante a respeito do Rio Nilo é a barragem de Assuan, situada a 950 quilômetros do Cairo, que fornece energia elétrica para todo o Egito e controla o volume da vazão de água nas cheias.
Os  fatores naturais que influenciaram a formação dos Desertos da Namíbia e do Kalahari, localizados no sul da África. A formação dos desertos da Namíbia e do Kalahari associa-se à presença da corrente fria de Benguela. O anticiclone do Atlântico Sul é um centro emissor de massa de ar quente e úmida. No entanto, quando essa massa entra em contato com a corrente fria citada, perde suas características originais, transformando-se em uma massa fria e seca.


O continente africano é extremamente diverso. Pesquisadores o dividem em regiões como a do Magreb, localizada no noroeste da África, constituída por países onde predomina a religião islâmica

domingo, 3 de agosto de 2014

MOVIMENTOS DA TERRA

Movimentos da Terra 

A Terra faz movimentos constantes no espaço. Esses movimentos são chamados de movimento de rotação e movimento de translação. 
                      

 Rotação
 Rotação é movimento onde a Terra gira em torno de seu próprio eixo. Esse movimento acontece no sentido anti-horário e dura exatamente 23 horas 56 minutos 4 segundos e 9 centésimos para ser concluído, sendo o responsável por termos o dia e a noite. Quando um lado do planeta está para o lado do sol, é dia, e, consequentemente, do lado oposto é noite. Sem o movimento da Rotação não haveria vida na Terra, já que este movimento desempenha um papel fundamental no equilíbrio de temperatura e composição química da atmosfera.
O movimento de rotação da Terra ocorre de oeste para leste, ou seja, a porção Leste vê o nascer do sol primeiro que o Oeste. Como exemplos podem citar o Brasil e o Japão, onde a diferença de fusos horários é exatamente 12 horas, deste modo, quando no Japão são 6h da manhã, no Brasil são 6h da tarde.

 

                                        Translação 

O movimento de translação é aquele que o planeta Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. O tempo necessário para completar uma volta ao redor do Sol é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos e ocorre numa velocidade média de 107.000 km por hora. 

O tempo que a planeta leva para dar uma volta completa ao redor do Sol é chamado "ano". O ano civil, aceito por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo concreto do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos um ano de 366 dias, dia este que é acrescido ao nosso calendário no mês de fevereiro e que recebe o nome de ano bissexto.

O movimento de translação é o responsável pelas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera, que ocorrem em razão das diferentes localizações da Terra no espaço.







sábado, 2 de agosto de 2014

MEC autoriza a abertura de seis novos cursos de medicina

Posted: 30 Jul 2014 06:30 PM PDT
Embora a mudança na concorrência não deva ser percebida, essa é uma boa noticia para todos os estudantes que perseguem o sonho de cursar medicina.
De acordo com notícia da Agência Brasil, no último dia 23 de julho, através de uma portaria publicada mo Diário Oficial da União, o Ministério da Educação (MEC) autorizou o funcionamento de mais seis cursos de medicina em instituições particulares. No total, serão ofertadas mais 498 vagas em todo o país.
Veja abaixo a distribuição das vagas:
  • 42 na Faculdade Meridional, em Passo Fundo - RS,
  • 100 na Faculdade das Américas, em São Paulo-SP
  • 76 na Estácio Uniseb, em Ribeirão Preto – SP;
  • 100 no Centro Universitário de João Pessoa, em João Pessoa- PB
  • 80 no Centro Universitário Franciscano, em Santa Maria – RS
  • 100 na Faculdade Integrada Tiradentes, em Maceió- AL.
Certamente essas oportunidades são resultado dos esforços do governo federal no intuito de ampliar as vagas nos cursos de medicina para alcançar a meta do Programa Mais Médicos que prevê abrir 11.447 vagas em cursos de medicina até o ano de 2017 — 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições particulares.
No começo de 2014, o ministério autorizou 1,3 mil vagas em instituições públicas e privadas; em maio, foram 420 vagas em universidades federais. Em junho foram autorizadas 120 vagas em dois cursos de medicina em instituições particulares.
Quer saber mais sobre o curso e a carreira de medicina? Clique aqui e acesse nosso guia de profissões.

Veja a melhor maneira de estudar para o Enem 2014

    Artigo Original: MEC autoriza a abertura de seis novos cursos de medicina Baixe gratuitamente o e-Book: Manual do Enem 2014 / Gabarito do Simulado Enem 2014
Posted: 30 Jul 2014 09:35 AM PDT
Conforme o cronograma desta segunda edição do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) de 2014, hoje, dia 30 de julho, foi aberto o prazo para que os aprovados em primeira chamada possam realizar suas matrículas nas suas respectivas instituições. Tal período se estende até a próxima sexta-feira, 1º de agosto.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), teremos no próximo dia 5 de agosto a divulgação da lista dos participantes aprovados em segunda chamada. Estes terão entre os dia 6 e 8, também de agosto, para efetuarem suas matrículas.
Ainda de acordo com o cronograma, os participantes que não conseguirem vagas nessas duas primeiras chamadas poderão,entre os dias 11 e 20 de agosto, realizar uma inscrição online para vagas que ainda não tiverem sido preenchidas.
Nesta edição do Sisutec de meio de ano estão sendo oferecidas 289.341 mil vagas em cursos técnicos e gratuitos. Pode participar da seleção todo estudante que realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 e obteve nota diferente de zero na redação. Edições anteriores do exame não podem ser utilizados no processo.
As quase 290 mil vagas ofertadas estão distribuídas em 466 municípios de todo o país. Vale ressaltar que 85%  do total de vagas serão preenchidas prioritariamente por candidatos que tenham cursado o ensino médio completo em escolas da rede pública ou, em instituições particulares, na condição de bolsistas integrais, conforme prevê a Lei do Pronatec (Lei nº 12.513) de 2011.
Para mais informações sobre as oportunidades desta edição do Sisutec, clique aqui.

Veja a melhor maneira de estudar para o Enem 2014

    Artigo Original: Matrículas dos aprovados em 1ª chamada do Sisutec 2014.2 Baixe gratuitamente o e-Book: Manual do Enem 2014 / Gabarito do Simulado Enem 2014

REDAÇÃO DO ENEM


Posted: 31 Jul 2014 12:20 PM PDT
Vários leitores nos enviam mensagens desesperadas nas quais afirmam não saber como começar e/ou como desenvolver uma dissertação-argumentativa, o tipo textual exigido pelo Enem e pela maioria dos vestibulares e concursos brasileiros. Muitas vezes, são mensagens genéricas, ou seja, que não especificam as reais dificuldades destes leitores e, deste modo, infelizmente, fica muito difícil de orientarmos da melhor maneira possível. Além disso, como não conhecemos a vida escolar destas pessoas, é até irresponsabilidade darmos palpites individuais.
Porém, podemos passar algumas dicas e orientações para aqueles que estão na situação descrita acima a fim de ajudá-los a iniciar e a desenvolver umadissertação-argumentativa.
A primeira e a principal dica é ter o maior contato possível com a leitura e com a escrita, tanto na escola quanto fora dela, em casa, no trabalho etc. Esta aproximação deve transformar-se em hábito e deve, acima de tudo, ter qualidade. O repertório do candidato é essencial para cumprir a prova de redação do Enem e dos demais vestibulares e também para a vida. Pensar que obter a nota mínina, de corte, apenas para passar é mediocridade, já que a língua e a linguagem estão em nossas vidas antes de nascermos e continuarão até morrermos.
Devemos ler o que os professores pedem, pois este conteúdo faz parte do cânone literário brasileiro, português e mundial, em alguns casos, mas também devemos ler (e a escola deve incentivar) o que gostamos, como por exemplo, histórias em quadrinhos, charges, gêneros literários diversos, além dos veículos de informação como jornais e revistas.
A segunda dica é uma extensão da primeira: devemos ter o hábito de escrever, não só o de ler. A escola deve colocar os alunos em contato não apenas com os tipos textuais, mas também com os mais diversos gêneros. Obviamente não há tempo hábil para apresentar todos os gêneros, mas os que fazem parte do nosso dia a dia e os que circulam nas principais esferas de circulação social devem ser ensinados e aprendidos nas escolas.
Para os candidatos ao Enem e aos demais vestibulares, a orientação é escrever, pelo menos, uma redação por semana, alternando momentos de escrita como estudo, sem delimitar o tempo, com momentos de treino simulado, isto é, controlando o tempo como se fosse o momento da prova.
A terceira dica é mais prática. Salientamos, no entanto, que não há fórmulas ou receitas mágicas, mas há estratégias para começar e desenvolver a tese de uma dissertação-argumentativa. Há seis passos que podem ser dados no momento de rascunhar, de planejar as redações deste tipo textual; são eles:
i. Interrogue o tema;
ii. Responda com a opinião;
iii. Justifique com o argumento principal;
iv. Fundamente-o com os argumentos auxiliares;
v. Apresente as estratégias argumentativas;
vi. Apresente a proposta de intervenção social e conclua.
Ao lermos a proposta de redação do Enem, por exemplo, já sabemos de antemão que o tema possui cunho social e isso já é uma vantagem, pois nos demais vestibulares nem este viés sabemos antes de conhecermos a prova.
No rascunho, interrogue o tema, isto é, transforme-o em pergunta e questione-se acerca do mesmo e, em seguida, responda-a com a sua opinião. O próximo passo é justificar esta resposta com um argumento principal que, no fim das contas, será a sua tese. O quarto passo é fundamentá-la com os argumentos auxiliares, ou seja, com as estratégias argumentativas, o que já é o quinto passo. O sexto e último é apresentar a proposta de intervenção social.
Podemos perceber que esta estratégia, além de organizar e planejar a progressão temática da dissertação-argumentativa, faz o mesmo com a estrutura da mesma.O primeiro e o segundo passos dizem respeito à introdução; o terceiro trata-se do segundo parágrafo; o quarto e o quinto passos, respectivamente, dos terceiros e quartos parágrafos e o sexto passo, finalmente, diz respeito à conclusão.
Esperamos que esta estratégia ajude as pessoas que afirmam não saber como começar e/ou desenvolver uma dissertação-argumentativa. Quem encontra-se nesta situação, pode seguir estes seis passos e avaliar se houve melhora.
Bons estudos e até a próxima semana!
Quer ter em mãos as principais orientações para detonar na Redação do Enem? Então conheça a Apostila de Redação que lançaremos em breve. 


*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada e mestranda em Letras/Português pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação em em importantes universidades públicas. Além disso, também participou de avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da Educação (MEC).
**Camila também é colunista semanal sobre redação do infoEnem. Um orgulho para nosso portal e um presente para nossos milhares de leitores! Seus artigos serão publicados todas às quintas-feiras, não percam!

Veja a melhor maneira de estudar para o Enem 2014

    Artigo Original: Veja 6 passos para desenvolver sua tese na Redação do Enem Baixe gratuitamente o e-Book: Manual do Enem 2014 / Gabarito do Simulado Enem 2014
Posted: 31 Jul 2014 11:14 AM PDT
Ao que tudo indica, uma das mais importantes instituições brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP), já considera a possibilidade da inclusão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como uma das formas de ingresso de novos estudantes.
Isso porque o novo reitor Marco Antonio Zago afirmou, na última segunda-feira (28), que a USP está reavaliando o seu vestibular e que considera o Enem um bom exame. A declaração foi dada durante o III Encontro Internacional de Reitores, que ocorreu até a última terça-feira no Rio de Janeiro.
¨A USP está reestudando o seu vestibular e o ingresso. Não que o vestibular atual seja ruim, mas temos de considerar outras participações. O Enem é uma possibilidade. O reitor acha razoável, mas depende do conselho universitário, é ele quem decide.¨
Apesar de não confirmar nenhuma especulação sobre uma possível adesão da USP ao Enem, Zago admitiu que a universidade estuda, desde junho do ano passado, novos mecanismos de ingresso e que não acha ideal ter unicamente o vestibular como forma de entrada de calouros na instituição. Atualmente o vestibular da USP é realizado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que consiste numa instituição autônoma.
Entre as possibilidades, além das provas do Enem, a universidade também já cogitou utilizar as olimpíadas científicas, bem como o trabalho direto com escolas para identificar talentos nas diversas áreas do conhecimento, especialmente na rede pública de ensino.
Vale lembrar que a USP já utilizou o desempenho dos candidatos no Enem para composição de pequena porcentagem da nota final do vestibular. Entretanto, nos últimos a instituição não tem aproveitado as notas do exame, seja por incompatibilidade de datas, seja por insegurança com possíveis escândalos do Enem.
Entramos em contato com o atendimento da Fuvest para questionar uma possível inclusão do Enem já no Vestibular 2015, porém a resposta que obtivemos é que não há nenhuma informação a respeito.
O edital contendo as regras do Vestibular Fuvest 2015 será publicado amanhã. Qualquer novidade relevante sobre o Enem será divulgada aqui.

Veja a melhor maneira de estudar para o Enem 2014

    Artigo Original: Reitor da USP elogia Enem e admite que busca ¨novas¨ formas de ingresso Baixe gratuitamente o e-Book: Manual do Enem 2014 /Gabarito do Simulado Enem 2014

domingo, 20 de julho de 2014

3ª série A - Ensino Médio.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES?

Significado da expressão “choque de civilizações”.
A  ideia de “choque de civilizações” foi frequentemente retomada para explicar os conflitos entre Ocidente e Oriente. Ainda em 1964, Bernard Lewis, um professor universitário britânico pouco conhecido, lançou a expressão que ficaria famosa. Se, por um lado, esta passou despercebida durante a década de 1960, por outro, foi relançada por ele 25 anos depois na forma de um artigo, The roots of muslim rage (“As raízes da cólera muçulmana”).

Regionalização do mundo, com base na teoria do “choque de civilizações” de Samuel P. Huntington.

Em 1993, Samuel P. Huntington, economista estadunidense, retomou a fórmula do “choque de civilizações” em um célebre artigo que escreveu para a revista Foreign Affairs. O texto fez tanto sucesso e despertou tanta polêmica que levou o seu autor a ampliá-lo e, em 1996, Huntington publicou o livro O choque de civilizações  e a recomposição da ordem mundial, publicado no Brasil no ano seguinte (tradução de M. H. C. Côrtes. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997. 455 p.).
O contexto geopolítico em que surgiu e seu significado: o postulado de Samuel P. Huntington na obra indicada constitui um esforço de compreensão do mundo e do novo quadro das relações internacionais emergente da implosão soviética, depois que as tensões políticas da velha ordem bipolar deixaram de subordinar um ou outro bloco ideológico.
O autor propôs o paradigma civilizacional como modelo, assumindo que é as várias identidades culturais do mundo que modelam as coesões, as desintegrações e os conflitos em uma Nova Ordem Mundial pós-guerra fria, em que, inclusive, Estados se aliam, ou não, em função dos sentimentos de pertencimento civilizacional.

Exemplos de  fatos que são considerados como resultados de “choque de civilizações”

Ø  “Os aviões que destruíram as torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, e a marcha das tropas estadunidenses sobre Bagdá refletem tragicamente esse estranhamento e introduzem, na política mundial, o espectro do ‘choque de civilizações’”.
 O significado do sentimento de estranhamento nesse caso é o de aversão a alguém ou a algo    que não se   conhece, ou seja, os atentados e a invasão ao Iraque induzem à ideia de que o Ocidente e o Oriente apresentam diferenças culturais intransponíveis, o que não é de todo verdadeiro. Por isso, os autores enfatizam a ideia de espectro, palavra que tem o significado de fantasma ou ilusão do “choque de civilizações”.

Ø  Os protestos ocorridos na França em 2005, quando jovens imigrantes depredaram espaços públicos como forma de protesto às condições sociais degradantes nas periferias de Paris, foram em princípio relacionados diretamente como expressão do “choque de civilizações”, pois grande parte das populações que habitam as periferias de Paris é do Oriente. Porém, os protestos tiveram um significado político, questionador da exclusão social e do neoliberalismo intolerante.

Será que podemos considerar a obra (livro) comentada como sendo bastante atual? Promova uma reflexão. Lembre-se que, desde o fim da Guerra Fria, a maioria das guerras ocorre entre povos de civilizações diferentes (pense-se, por exemplo, no conflito Israel-Palestina, as Guerras do Golfo, na desintegração da antiga República Socialista Federativa da Iugoslávia, a instabilidade na Caxemira, na luta pela independência na Chechênia ou mesmo na atual presença anglo-americana no Iraque).
            Com base num trecho que se encontra na página 317 da obra de Edward Said,            considere que este autor interpretou a teoria de Huntington como uma versão renovada da tese da Guerra Fria, pois entende que os conflitos do mundo atual e do futuro continuarão a ser essencialmente ideológicos, mais do que econômicos e sociais.

1.   Leia o texto a seguir
O crítico literário e ativista da causa palestina Edward Said critica a tese de “choque de civilizações” defendida por Huntington. Para ele, essa ideia deve ser considerada uma política de estado que visa reestruturar a estratégia ocidental tendo em vista afirmar sua autoridade sobre o Oriente, envolvendo interesses de dominação.

a) Considerando as medidas tomadas por George W. Bush após o 11 de setembro de 2001, quais interesses os EUA teriam ao incentivar a ideia de “choque de civilizações”?
Entre inúmeras possibilidades, podemos citar o interesse de convencer a população estadunidense da necessidade da invasão aos países do Oriente Médio que, segundo o governo dos Estados Unidos, dão suporte ao terrorismo; interesses com relação ao petróleo, fonte de energia ainda vital para a economia dos Estados Unidos; e desejo de fortalecimento da política de combate ao “eixo do mal” que, de acordo com a doutrina Bush, investe na tecnologia de fabricação de bombas atômicas.

b) Considerando as discussões realizadas durante a aula sobre a ideia de “choque de civilizações”, quais os interesses que os países do Ocidente teriam no Oriente Médio?
Edward Said enfatiza o princípio da dominação global, considerando os interesses hegemônicos e econômicos atrelados como, por exemplo, no caso das reservas de petróleo.


2. Leia o texto a seguir
O sociólogo anglo-americano Michael Mann, professor da Universidade da Califórnia, em seu livro O Império da incoerência, afirma que o mundo deveria saber que o governo de George W. Bush adota o novo imperialismo. Para ele, as políticas estadunidenses quanto a Kioto, minas terrestres, Guerras nas Estrelas, Iraque e Irã não são ocasionais e isoladas. Todas elas fazem parte de uma estratégia desencadeada pela nova direita estadunidense, desde os anos 1970, para que se construa o Império Americano Global, vislumbrado primeiramente como teoria e, depois de 11 de setembro, e durante todo o governo de Bush, como realidade.

a) Qual a intenção do autor ao afirmar que o mundo deveria saber que o governo
de George W. Bush adotou um novo imperialismo?
O sociólogo Michael Mann argumenta que o Partido Republicano, do ex-presidente George W. Bush, iniciou em 1970 uma estratégia política alicerçada na nova direita dos Estados Unidos, por meio da qual se cristalizou a ideia de um império estadunidense em escala mundial. Assim, a posição estadunidense com relação a temas de alcance mundial não é ocasional e isolada, mas parte de uma política de poder unilateral, posição solitária que desconsidera acordos de caráter multilateral.

b) Considerando os argumentos defendidos por Michael Mann, ele seria favorável
ou desfavorável à tese do “choque de civilizações” de Huntington? Justifique
a sua resposta.
Os argumentos apresentados por Michael Mann são contrários à tese do “choque de civilizações”. Para Mann, o governo de George W. Bush, representante da nova direita estadunidense, comportou-se de forma isolacionista, o que incita reações em diversas partes do mundo

c) Considerando o atual momento da política dos Estados Unidos, é possível afirmar que esse país ainda desenvolve uma política imperialista? Justifique sua resposta.
A eleição de Barack Obama representou uma mudança no perfil da política externa dos Estados Unidos ao romper com os preceitos da nova direita do Partido Republicano, defensora de ações unilaterais e maniqueístas. Certas atitudes tomadas pelo governo – como a de propor o fechamento da Base de Guantánamo, em Cuba, a defesa do direito ao Estado palestino e a retirada progressiva das tropas estadunidenses no Iraque – são exemplos contundentes dessas mudanças.


Na seção.Você aprendeu?  Leia o texto.
Em 30 de setembro de 2005, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou 12 charges associando Maomé ao terrorismo. Em seguida, outros 50 jornais em todo o mundo republicaram os desenhos. Não tardou para que fortes polêmicas e reações eclodissem nas comunidades muçulmanas, adentrando o ano de 2006, causando, em alguns casos, ofensivos ataques motivados pela indignação diante da forma irônica como a cultura muçulmana e o profeta Maomé foram retratados. Em todo o mundo, as principais agências de notícias publicaram os inúmeros efeitos que se seguiram à larga divulgação daquelas imagens: a retirada dos embaixadores saudita e sírio da Dinamarca, os boicotes por parte dos países islâmicos aos produtos dinamarqueses, os protestos, incêndios e problemas diplomáticos em países da Europa (como na Dinamarca, Suécia, Noruega e Áustria), como também de outros continentes (como na Nova Zelândia, no Egito, na Indonésia, na Turquia e na Tailândia). Em 13 de fevereiro de 2008, cinco grandes jornais dinamarqueses voltaram a publicar as charges depois que foi descoberto um plano para assassinar um de seus desenhistas; novamente, não faltaram reações em meio à comunidade muçulmana espalhada pelo mundo.
(Elaborado por Sérgio Adas especialmente para o São Paulo faz escola)


Com base no texto e na imagem:
a) Discorra sobre o contexto de surgimento e o significado da expressão “choque de civilizações”.
A expressão “choque de civilizações” adquiriu grande repercussão no contexto de incertezas da Nova Ordem Mundial, logo após o fim da Guerra Fria (1947-1991), quando o mundo se deparou com a eclosão de conflitos isolados, motivados por rivalidades étnico- religiosas e culturais, contidos em sua maioria por regimes totalitários, como na ex-União Soviética e na antiga Iugoslávia. Em particular, essa “chave” de interpretação do novo quadro das relações internacionais emergente da implosão soviética adquiriu grande notoriedade com a publicação da obra O choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial, do economista estadunidense Samuel P. Huntington, em 1996. Defende-se nela que o futuro da humanidade poderá ser determinado pelo confronto entre diferentes civilizações, com a adesão a religiões e características culturais comuns.

b) Aponte, ao menos, duas críticas que são dirigidas à teoria do “choque de civilizações”.
A teoria do “choque de civilizações” possui limitações quando contraposta à realidade geopolítica mundial, expressando uma visão reducionista diante das verdadeiras causas de muitos conflitos em curso.
Por exemplo, outros especialistas não concordam com a tese de Huntington (Edward Said, Noam Chomsky, John Esposito, entre outros), pois vinculam os conflitos à imposição de um modelo geopolítico e econômico controlado pelos países ricos e suas corporações (disputa por recursos vitais, por exemplo, como o petróleo)